A alguns dias eu estava navegando pelo Pulse (LinkedIn), quando um post me chamou a atenção pelo título “Is there an alternative to ArcGIS?”, escrito pelo Country Manager da ESRI Irlanda.

Admito que quando vi o título fiquei muito curioso pra saber como o autor trataria do assunto, pois em nenhum momento eu acreditei que ele daria sugestões de ferramentas alternativas a plataforma ArcGIS (por motivos óbvios).

Comecei a ler o post vi que o autor focou no ArcGIS como plataforma, e mencionou a não existência de alternativa a ela. Talvez não exista no mercado uma plataforma única tão completa como a do ArcGIS, ainda mais mantida pela mesma empresa, mas podemos parar a “falta de alternativa” por aí.

Quando penso em alternativas não penso em um único fornecedor e sim em funcionalidades/ferramentas necessárias para suprir as necessidades do meu negócio, e partindo desse ponto, eu afirmo que SIM, existem alternativas ao ArcGIS.

Quando penso em uma arquitetura para um sistema GIS, não vejo a necessidade de que todos os componentes sejam de um mesmo fornecedor, o mais importante neste caso é que os módulos se comuniquem, que implementem os padrões de interoperabilidade da OGC (Open Geospatial Consortium).

Para ficar mais claro, abaixo, menciono algumas alternativas opensource que podem ser utilizadas em uma arquitetura GIS:

– Banco de dados: PostGIS, MySQL
– Desktop GIS: QGIS, gvSIG, OpenJump
– Ferramentas de análise espacial: Sextante
– Servidor de mapas: GeoServer, MapServer
– API Web: OpenLayers, Leaflet
– Plataforma Online: QGIS Cloud

Nestes últimos 10 anos, tenho trabalhado exaustivamente com as opções de ferramentas opensource citadas acima, e em poucas possibilidades precisei utilizar a plataforma ArcGIS (na maioria das vezes por exigência do cliente).

Não tenho absolutamente nada contra a plataforma ArcGIS e muito menos contra a ESRI, apenas penso que em um país como o Brasil, onde os recursos são escassos, principalmente quando falamos em pesquisa, ou quando se trabalha com órgãos públicos (que é o meu caso), não vejo o porquê pagar por ferramentas caras quando se pode ter ferramentas opensource de qualidade a custo zero de licenciamento.